Todos de águas correntes
Se servem de regadios
Também matam sede às gentes
Benesses que a Natureza
Pôs ao serviço do Homem
Pois aliado à beleza
Dá-se aos que a consomem
Límpida era a água pura
Que corria nos seus leitos
Mas foi sol de pouca dura
Pois perdeu os seus efeitos
Quem a usa e a consome
E devia preservá-la
Com malvadez já sem nome
Entendeu dever matá-la
Essa gente que p’ros rios
Atira o que é seu lixo
Não pode ter, não tem brios
Faz da maldade um capricho
Mas é uma minoria
Será, mas chega, é demais
Dão sinal de cobardia
Portam-se como animais
Porque o mal nunca confessam
Escondem a má acção
No fundo pouco se interessam
Por essa poluição
Como será o futuro
Sem limpidez nessas águas ?
Com certeza um desapuro
Muitas saudades e mágoas
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