sábado, 19 de maio de 2012

O QUE NÃO TEM, REMÉDIO...

COMO SE SOLUCIONA o que não tem solução? Eis a pergunta que bem se pode fazer nos tempos que correm e desde há já um largo período passado, pois que, pelo menos, eu não escondo que se trata de uma aflitiva questão que, seja posta pelos excessivamente optimistas quer se trate de uma interrogação aflitiva que os pessimistas por natureza não escondam no seu diálogo com o exterior.
Volto a repetir que, este meu blogue que mantive ao longo de anos e em que diariamente expunha as minhas preocupações quanto ao que estava a ocorrer tanto no seio de Portugal como no exterior das fronteiras, especialmente no nosso Continente que parece estar condenado a um futuro nada brilhante, e essa afirmação continua a consistir a base de uma enorme preocupação no que diz respeito a podermos ficar tranquilos quanto ao que os europeus que estão para chegar e que ocuparão o espaço humano que lhes está destinado, posto que o panorama que se desenha no horizonte é o mais negro que não é possível deixar de se pintar, por maior boa vontade que nos envolva.
E é essa razão que me lava a colocar mais um texto, sem garantias de regularidade periódica, no que diz respeito ao que mantenho como previsão daquilo que aguarda os seres humanos que se mantêm vivos neste espaço europeu que ocupam e no que diz respeito aos futuros habitantes deste espaço que se denomina europeu e em que os diferentes países que constituem a sua formação, cada um com as suas razões, se perfilam face a problemas mais ou menos equivalentes com que se debatem, sendo que alguns, a minoria, ainda consegue suportar as dificuldades que atravessam, mas que não correspondem, como seria o desejável, a um apoio mútuo, mesmo que com sacrifícios que, nas irmandades que correspondem a autênticas ajudas, não podem nem devem ser considerados supérfluos, dado que, se isso se verificasse, a situação da Comunidade e da sua moeda única para alguns, não se encontraria em declínio e num caminhar derradeiro para um fim triste e sem perspectivas de reconstrução.
No caso português, perante o panorama degradante com que se debate o nosso País, a solução para um escorregar em declínio da nossa economia e, consequentemente, da elevada escala de desemprego, tal queda não apresenta soluções, políticas e outras, que interrompam essa caminhada e, menos ainda, que façam encontrar4 um regresso aos tempos de certa acalmia de vida, a qual não foi aproveitada pelos governantes e antes desperdiçada por toda a população que foi iludida com uma fartura que não correspondia à realidade que se desfrutava.
Já não vale a pena apontar o dedo aos que se podem considerar causadores de tamanha catástrofe, visto que, como sempre, aqueles que beneficiaram com as medidas erradas que ordenaram e que estarão talvez a beneficiar do que lhes foi parar aos bolsos por tais determinações, não se encontram à mão para cumprir o que, nalguns países do mundo, lhes é aplicado juridicamente pelos erros cometidos, dado que, nesta nossa Terra de “brandos costumes”, o perdão se encontra sempre na boca dos portugueses.
Mas a verdade é bem triste: não se vislumbra salvação para a situação moribunda em que o nosso País se encontra. Como será possível encontrar trabalho para o número elevadíssimo de desempregados que enchem as famílias lusitanas de elementos que, por mais elevada que se a sua escolaridade, não encontra ocupação possível, e a emigração que cada vez é maior sobretudo de jovens, até esse caminho não consegue apontar abrigo positivo aos necessitados que, cada vez mais, andam de cabeças perdidas.
Por suja vez, na velha Europa que, quando foi criada a denominada Comunidade que, mais tarde lançou a moeda única que parecia corresponder a uma força de união que juntaria mais os seus membros, esse conjunto de países encontra-se de costas voltadas entre si, apesar de surgirem tentativas de ajuda como parece querer verificar-se neste altura em que a Grécia, uma fundadora de parte das civilizações dos membros europeus, se apresenta totalmente dominada pelas circunstâncias de penúria que servem de ameaça ao abandono do grupo que, se se vier a verificar tal demissão, será o início de atitudes semelhantes por parte de um número elevado de parceiros a quem se pegará a falta de vontade em lutar pela junção de forças e que, mais rápido do que se pode prever, também se resumirão ao isolamento de contacto com os restantes membros do que chegou a ser uma ideia brilhante de criar um Continente forte pela junção de forças.
E é isto que eu, bem contra a minha vontade, deixo neste blogue isolado em que deposito as minhas lágrimas por não conseguir partir deste mundo com o consolo de ainda poder assistir a um grupo que bem poderia ter a denominação de Estados Unidos da Europa.
E é por esse motivo que deixei de ser assíduo relator diário do que conseguia ir obtendo de satisfatório na análise do panorama lusitano e do conjunto que partia desde esta ponta do mapa e se prolongava até aos Montes Urais.

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