terça-feira, 20 de setembro de 2011

AUTO-ESTRADAS PORTUGUESAS

SERÁ QUE UMA CABEÇA bem pensante de um político que se julgue responsável faça gastos astronómicos a mandar construir auto-estradas num País pequeno, estreito e tendo já, em relação às duas principais cidades e em direcção do sector que recebe mais turistas, vias de comunicação que satisfazem as necessidades primárias e que, sem verbas excedentes que possam cobrir as despesas enormes que tais obras provocam, endivida o seu país e chega ao ponto de fazer com que os habitantes futuros, até aqueles que ainda não nasceram, se vejam daqui a alguns anos com a obrigação de suportar os maiores sacrifícios para poderem alcançar uma vida minimamente decente? Será possível que isso possa suceder?
Pois é exactamente em Portugal que tal situação ocorre e foi por via de um primeiro-ministro no mínimo demente pelo convencimento que mostrou de ser um homem extraordinário, sempre convencido da sua razão no que dizia e fazia, que foi o autor de tamanha calamidade que, já hoje, coloca a maioria dos portugueses numa posição de quase penúria, sujeitos como andam a impostos incomportáveis que o Estado tem de exigir para cumprir alguma compreensão por parte de representantes de credores, que tomou o nome de Troyka, a qual está muito longe de atenuar visivelmente os encargos com as dívidas e os juros das mesmas provocam.
Pois é nesta Nação que temos de viver, os que já cá estavam até antes da existência dos culpados pelas construções de auto-estradas, mesmo em duplicado, como é o que ocorre entre Lisboa e o Porto, sendo obrigado o País a aumentar agora, depois da saída do indivíduo que criou a situação que se enfrenta já, a aplicar novos encargos para utilizar tais vias, com scuds e portagens, mas que não chegam para diminuir a situação de falência como a que foi tornada pública em relação à empresa estatal Auto-Estradas de Portugal, a qual apresenta um passivo de muitos milhares de milhões de euros, os quais vão custar aos dinheiros públicos grande soma de dinheiro para tentar solucionar aquele berbicacho de tamanha dimensão.
Com tantas falências que diariamente passam para o conhecimento público, mais esta não altera o panorama triste que se vive já.
Só nos resta aguardar por uma grande dose de sorte que seja capaz de ultrapassar as asneiradas políticas que, não sendo só de hoje, pois que a História, mesmo ocultando muitas, ainda nos dá mostras de umas tantas que ainda sentimos hoje, como foi o caso da expulsão dos judeus que o rei D. Manuel tanta questão fez em situar essa camada de portugueses de religião diferente da católica e apostólica que se mantém na época actual que, fizeram progredir a Holanda que dá mostras do seu progresso graças à actuação de tal gente, pois, repito, será necessária uma onda de sorte para que consigam, as gerações futuras – que esta que atravessamos não irá tão longe - , levantar cabeça e vencer as dificuldades que são deixadas para eles solucionarem.
Estamos cheios de auto-estradas, sobretudo as que poderiam ser dispensadas, ao contrário de estradas normais no interior que dariam prosperidades a locais ermos e abandonados, e com isso, mesmo com a raridade de transeuntes motores, posto que os custos da gasolina faz com que grande número de portugueses deixem estacionadas as suas viaturas por impossibilidade de sustentarem tantos custos.
E é este o panorama. Que desventura!...

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