sábado, 24 de setembro de 2011

POUCO OU NADA HÁ A ESPERAR

AQUILO A QUE NÓS ASSISTIMOS em cada dia que passa nesta altura nem é preciso criar ilusões de que se trata de algo que não tem motivo para nos afligir. É real e só deparamos com um caminhar cada vez para pior, posto que as dificuldades que sentimos neste nosso País não dão mostras de melhorar, pelo menos no panorama que se apresenta aos nossos olhos.
Os anos que, se formos vivos todos nós os que lemos este texto e eu que o escrevo, decorrerão ao longo de um futuro próximo - e os que sabem destas coisas até dizem que tal acontecerá no decorrer dos próximos cindo anos – serão de aumento de sacrifícios e de mau viver, posto que as condições que foram criadas para trás e são até apontadas a políticos, mesmo antes de José Sócrates, que ocuparam o lugar de primeiro-ministro, não deixam a oportunidade de, ainda que exista uma governação executada com saber, podermos retroceder nos erros cometidos e que nos colocaram nesta posição em que, na Europa, depois do devastador desastre da Grécia, é Portugal o que se encontra na fila do mau comportamento de que mais se aproveitou a tal crise que, sem contemplações, ferrou os dentes nas nações mais mal conduzidas pelos seus governantes.
Já sabemos, pois, que até 2016 a nossa vida vai decorrer num permanente sacrifício, com impostos sucessivos e um nível de vivência que, nós próprios mas especialmente as gerações que chegarem a apanhar tamanha onda de apertos, seremos todos alvo de um pagamento de incompetências atrasadas de políticos que, eles próprios se conseguiram libertar da punição que lhes devia ser atribuída, pois não é apenas nesta altura um Jardim na Madeira, que comete pecados de gastar dinheiros que são dos contribuintes, mas sim vem tudo de épocas anteriores em que uns fulanos que estão identificados destruíram as riquezas que deveriam ter sido bem guardadas, sobretudo não deitando pela janela fora enormes montantes que, à custa dos horripilantes empréstimos contraídos para enganar os habitantes do nosso País com a ilusão de que se vivia com luxos que não tinham razão de ser.
É tudo de uma gravidade que tem de nos enraivecer, mas o que as populações mais sentem, mesmo acima do que lhes tiram dos bolsos, é que o sector da saúde de Norte a Sul de Portugal esteja a sofrer cortes de toda a ordem, indo mesmo o sector dos medicamentos continuar a constituir um gasto que só os ricos têm condições para aliviar as suas enfermidades. Isto do I.P.O. se encontrar perante um aperto de financiamentos, ao ponto de, quer em Lisboa quer nas delegações existentes pelo Pais fora, se verificarem enormes atrasos no atendimento e nas acomodações e tratamento de enfermos dessa tão grave doença, como é o cancro, o que representa uma verdadeira situação bem penosa a que uma nação pode chegar.
De igual modo, os centros de saúde que sempre prestaram assistência nos lugares do interior onde essa era a única forma de deitar a mão aos pacientes que, sem os mais rudimentares meios de vivência, a eles recorriam para receber ajuda, esses lugares de obrigação por parte do Estado de dar mostras de que as contribuições dos portugueses eram bem utilizadas, até isso está a ser anulado, ficando uma enormidade de portugueses entregues à sorte, posto que o encerramento de tais postos constitui a derradeira má acção que os governantes fazem, se bem que se saiba que as possibilidades financeiras do “Poder” atingiram o seu último degrau na escada descendente das nossas possibilidades.
Nem sei o que dizer neste blogue que hoje estive até para não o redigir. Mas, como é sábado, alguma coisa deveria dizer, até porque amanhã, domingo, provavelmente não vou encher este espaço.

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