sábado, 17 de setembro de 2011

VOTEM BEM NA MADEIRA

ESTE CASO DA MADEIRA, que tem ocupado a atenção de todos os políticos do País e que até o Presidente da República, que tem o hábito de ficar calado perante situações que merecem a sua intervenção, nem que seja apenas com um ar da sua graça, já mostrou estar preocupado com a situação criada pelo Alberto João Jardim que, seguindo os procedimentos de Sócrates, gastou à tripa forra e deixou escondidas as facturas por pagar de fornecedores que foram contratados para as obras que têm ali sido feitas, sendo de mais de um milhar de milhões de euros que se acrescentam ao já tão pesado défice do País, nesta altura faz-nos a nós, todos portugueses sem distinção do local em Portugal onde residem, desde Trás-os-Montes e passando pelos dois arquipélagos, sofrer as consequências de tamanha má surpresa vindo contrariar a ideia que já se conseguia que existisse de que o nosso País iria conseguir ser cumpridor do memorando da responsabilidade assumida e, com algum tempo e muito sacrifício, se acreditava que seria capaz de ultrapassar a situação dificílima que está a suportar e que, dentro de alguns anos, poderia encontrar o caminho seguro de um futuro tranquilo.
Se se tratasse de outro político a ser o causador de tão irresponsável atitude, se não fosse esse Jardim, que não tem papas na língua e se atira a todos os participantes nos lugares de importância, se não se desse o caso de existir um receio por parte da maioria de elementos que fazem parte dos Governos em chamar o Jardim pelos nomes que ele não hesita em atirar contra os que interferem no seu comportamento, se isso não sucedesse é óbvio que não se perdoaria ao presidente daquela Região e as acusações surgiriam sem ape4lo nem agravo.
Resta agora assistir se a figura em causa vai ou não sofrer as consequências do seu criminoso acto. E, quando ocorrerem as eleições naquele arquipélago, em Outubro, se os eleitores respectivos continuam a escolhê-la para se manter na posição que exerce há imensos anos.
Por sua vez, o líder do PSD, Passos Coelho, também não pode ficar na posição cómoda de contemplar os factos e não sair a público a retirar toda e qualquer confiança partidária que o seu grupo político prestaria se não tivesse ocorrido este criminoso acto de ter escondido dívidas contraídas e não pagas.
Há situação que não se podem ignorar e tomar uma atitude que não seja bem clara de, mesmo tratando-se de gente da mesma “família”, culpabilizar quem não merece mais a confiança do núcleo a que pertence.
Os sociais democratas madeirenses serão os primeiros a desviar-se da votação repetida ao longo dos anos e a escolher outra personagem que se apresente a disputar as eleições que se aproximam. Caso contrário, já que não é de esperar que o culpado não persista em candidatar-se, o que é que se pode dizer aos credores estrangeiros de uma persistência inexplicável.



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