quarta-feira, 21 de setembro de 2011

VÃO-SE OS ANEIS...

QUANDO UMA FAMÍLIA chega à conclusão de que a única forma que tem para prosseguir a ter aspirações na vida é vender aquilo que possui, por muito que lhe custe desfazer-se de bens que, muitos deles até terão uma ligação profunda, quer seja porque deram muito trabalho a consegui-las ou porque chegaram às nossas mãos por heranças de familiares que conseguiram juntar certos valores que deixaram para os seus descendentes, seja como for o certo é que desfazermo-nos de propriedades de qualquer espécie que constituíram as belezas dos nossos olhos representa, sem dúvida, uma punhalada que recebemos no peito e de que não sabe mos defender-nos.
Pois é isso que todos nós portugueses, nesta altura, temos de encarar, pois que as vendas que vamos enfrentar, com as privatizações de empresas e o desfazermo-nos de bens que chegaram até aos nossos dias, é aquilo que vai ocorrer em Novembro próximo, isso segundo o que afirmou o primeiro-ministro Passos Coelho, numa entrevista concedida ao jornal francês “Le Fígaro”, em que, face ao agravamento da crise grega e tornando-se mais difícil a recuperação de Portugal, sendo objectivo do nosso Executivo o manter o défice orçamental nos 5,9% este ano, não haverá outra forma que não seja o desfazermo-nos de valores que ainda possuímos.
Segundo o antigo ditado nacional de que, sendo necessário, que se vão os anéis mas que fiquem os dedos, se essa acção servir para que, com juízo e sem demagogias, sermos capaze4s de recomeçar nova vida, pois então que partam valores que, pelo menos, servem para alguma coisa bem diferente da vaidade de mostrarmos o que ainda permanece nas nossas mãos. Patriotismo também é isso. Defender até ao infinito o nome honrado do nosso País e. obtendo esse conforto, dar início a nova caminhada, mas desta vez com o cuidado absoluto de não acolhermos no comando das operações gente que está convencida de que nunca erra e que tudo o que faz é merecedor dos maiores elogios. Desses estamos fartos e não queremos mais os que nunca têm dúvidas e acertam sempre!
Por mim, teria o maior gosto de assistir ainda ao começo do alvorecimento de Portugal e darmos início a uma nova era que nos fizesse esquecer tudo o que ocorreu antes, ao longo da nossa existência.

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