terça-feira, 11 de outubro de 2011

QUANDO NÃO SE PODE!...

NÃO SE PODE DIZER que este Governo que, sob a chefia de Passos Coelho, não está a fazer aquilo que lhe parecerá ser o mais indicado para conseguirmos ultrapassar a situação de défice absoluto em que o País se encontra e que sacrifícios exigidos dos portugueses, uns atrás dos outros, não faltam para que, no sector dos impostos de todas as espécies, andem os ministros das várias pastas a ver se arrecadam os milhões de euros – e hoje só se fala em milhões e em biliões - que for possível.
Porém e embora quanto a cortes nas despesas não tenham dado mostras de ser tão rápidos como se aguardava e ainda se continua à espera que aconteça, a verdade é que está bem demonstrado que o buraco em que nos metemos ao longo de diversos Executivos que venceram eleições, esse completo afundamento não se soluciona com os sobrecarregos que todos os dias são anunciados e que, segundo previsão mais do que certa, no ano de 2012 os sacrifícios serão ainda muito maiores daqueles de que já hoje tanto nos queixamos.
A questão, porém, está em saber se o cumprimento do memorando da Troika, as dívidas e os juros que tanto magoam, vai ser possível face ao panorama económico e financeiro que se nos apresenta. Há partidos políticos que, mesmo que se situem numa área que não faz parte do elenco governativo, afirmam com toda a convicção que deve riamos negociar com os credores o aumento de prazos de liquidação e as percentagens elevadíssimas que tornam ainda mais sacrificadores os montantes que figuram na longa lista de credores. Porém, analisada a situação com toda a independência política que, nestes casos, será a maneira mais prudente de solucionar os apertos, talvez se acabe, mais tarde ou mais cedo, por se ter de dar razão a esses grupos dados como extremistas, especialmente de Esquerda, quando se verificar que os cofres se encontram completamente vazios e que a situação não terá a solução tão desejada e que é a de pagar o que se deve.
Quando nos encontramos perante as sucessivas facturas escondidas e que não figuravam nas contas dos mais diversos sectores que fazem parte do conjunto financeiro português, face a esses milhares de milhões que nos têm surpreendido – e não se sabe ainda se já terá terminada a lista de dívidas que uns tantos “habilidosos” que não quiseram mostrar que tinham gasto mais do que aquilo que deviam – temos de estar preparados para enfrentar o panorama negro que nos será comunicado.
E não foi apenas a Madeira, se bem que o seu montante tenha deixado todos de boca aberta, pois hospitais e bastantes sectores dependentes das contas públicas não quiseram ficar atrás e, lentamente, têm destapado esses erros monstruosos que bem deveriam receber a punição que merecem. O primeiro-ministro já veio a lume afirmar que a troika não resolve as dívidas das empresas públicas. E, sendo assim, a pergunta a fazer é: então quem vai pagar tais despesismos?
Não, não é pessimismo doentio. Será apenas uma chamada de atenção, pois que as surpresas é que causam os movimentos agressivos de certos sectores da população, como se tem verificado lá por fora, e que, depois de começarem, as repetições por tudo e por nada são já muito difíceis de parar.

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