segunda-feira, 12 de março de 2012

ESTRADAS E ESTRADINHAS

PORTUGAL, NÃO OBSTANTE a sua pequena extensão comparativamente a um certo número de países que fazem parte da Comunidade Europeia, a partir do governo chefiado pelo afastado Sócrates assumiu a pretensão de possuir uma enorme quilometragem de auto-estradas, até mesmo lado a lado com outras já existentes, o que constituiu, está mais do que demonstrado, um exagero de dispêndio de fundos públicos que,
já na altura, faziam falta para atender a necessidades concretas e que, passado pouco tempo, revelaram que bem precisos são para fazer frente a exigências que deixam os portugueses a clamar por faltas em áreas que não podem deixar de ser atendidas pelo Estado. Refiro-me à saúde, à educação e ao sector social, sobretudo nas reformas de que já existem sinais de que, como neste blogue já foi previsto, está à vista o momento em que as reformas poderão vir a sofrer cortes que, sobretudo nos montantes mais baixos, causarão os maiores sofrimentos que nem se sabe se poderão ser suportados pacificamente.
Mas, no que diz respeito às vias de comunicação rodoviária, aquilo que se começa a chamar como “limpeza na EP - Estradas de Portugal”, com a nomeação para breve do novo presidente da EP, pois que o anterior, Almerindo Marques, deixou a empresa em Março de 2011 (será necessário tanto tempo para se proceder a uma nomeação?), e dois dos também administradores, Rui Nelson Dinis e Ana Tomaz, vindos do PS, se demitiram, esta ocasião proporciona ao primeiro-ministro a mudança de elementos que, oriundos do Executivo que foi substituído, não constituíam, parece, personagens do agrado do actual conjunto governamental.
Não vou aqui analisar agora o que poderia e deveria ser feito pelo grupo chefiado por Passos Coelho, no sentido de substituir, não como alternativa, pura e simples, mas sim no sentido de melhorar os elementos que se encontram à frente de empresas públicas que têm vindo a apresentar sucessivamente prejuízos, pois que essa chamada “limpeza” poderia também servir para reduzir as vantagens monetárias excessivas que muitos deles auferem e que, nesta altura, são mais do que justificadas tais acções.
Mas o que interessa incluir neste breve apontamento de segunda-feira é que, mesmo sem existir um conhecimento garantido das medidas que se impõem para dar a volta à situação que nos obriga a suportar uma recessão profunda e um desemprego que se lhe junta, pelo menos poderia o Executivo em funções atender às situações pendentes que, pelo menos essas, deveriam dar mostras de que nem todos se encontram a dormir na forma… como se diz na tropa.
E é disso que eu acuso o grupo de Pedro Passos Coelho que não se encontra a dar ideia de que não está atento às necessidades básicas, dado que apertar nos impostos é a coisa mais fácil para quem se encontra com o mando na mão.
E por aqui me fico. Amanhã haverá mais

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