sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

BEM VINDOS CHINESES


COM A COMPRA QUE O GOVERNO CHINÊS fez de uma parte importante e maioritária da EDP surgiu a ideia de que ficámos nas mãos pouco escrupulosas de uma Nação que, desde tempos antigos e já pela pena de Eça de Queiroz, era considerada de “perigo amarelo”. Apenas, essa má impressão que possa existir em alguns portugueses, se forem bem analisados os nossos contactos com o referido povo, sobretudo nos casos das abundantes “lojas dos chineses” que se seguiram à grande dispersão dos restaurantes dirigidos pelos mesmos chineses, teremos de concluir que este tipo de imigrantes foi e é de entre todos os que se instalaram em Portugal, desde a época em que tal vinda se tem verificado, os que menos damos por eles, não se verificando pedintes com aquela origem e nem se contam no grupo de criminosos de todas as espécies, ao contrário do que se tem verificado com bastantes romenos e outros, que têm trazido para o nosso País os vícios que já praticavam nas suas origens.
 Pareceu sempre um mistério a organização que dirigiu e dirigirá a vinda e acomodação dos milhares de cidadãos que se instalam por cá, a maioria deles sem saberem uma palavra da nossa língua, pois que nem são localizados à procura de casas para habitarem, chegando alguns deles com família completa. Mas afinal, a coisa acabou por ser entendida sem nenhuma complicação: tratam-se de organizações que, desde lá longe o enorme País chamada China, e depois de se ter levantado, quase completamente, a proibição dos milhões de chineses que constituem a população da tão grande Nação oriental, imposta antes pelo ditador que sucedeu a Mão-Tse tung, a expansão pelo mundo passou a ser feita por controlo com o apoio dos governantes “amarelos” que, para obterem autorização de saída, têm de estar arregimentadas a uma organização que garante as viagens e as acomodações no destino, bem como a actividade que irão desempenhar, também ela estabelecida com dinheiros da referida empresa oficial e garantida antes a sua rentabilidade através de estudos de mercado feitos pelos eus técnicos. Na verdade, não se assistiu ainda ao encerramento por falência de uma loja que aparecia quase sem se dar por isso numa cidade ou até vila no território português. E essa instalação tem vindo a ocorrer pela Europa fora e, para surpresa nossa, encontramos nos sítios menos esperados em Portugal, um estabelecimento comercial com os balõezinhos vermelhos indicativos da origem dos seus exploradores.
Até o fornecimento de produtos para serem vendidos são feitos por armazéns que, também eles, pertencem ao grupo chinês, havendo uma atenção muito especial em relação ao que é mais conveniente ser posto à disposição das bolsas dos compra doires, pelo que, quando se verificou a invasão nas janelas portuguesas de bandeiras nossas, as primeiras que estiveram à venda foram feitas na China, ainda que as primeiras tivessem incorrido num erro dos castelos que envolvem a coroa nacional.
Que será então que vai passar-se com a EDP, agora sob a administração chinesa, ainda indirectamente, como manda a modéstia técnica daquele povo?
O futuro dirá se foi uma medida bem tomada, mas, em princípio, parece que só temos a ganhar com uma aliança comercial que seja feita com uma Nação em que fomos o primeiro povo ocidental a termo-los contactado através dos nossos navegantes no século XV.

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