domingo, 11 de dezembro de 2011

HAJA ESPERANÇA... ENQUANTO HÁ VIDA!

ESTE DITADO BEM PORTUGUÊS, será o que constitui o segredo do nosso povo que, ao longo da sua existência que se encontra a caminho de nove séculos, e dos dissabores que preencheram a nossa História, sempre foi resistindo aos solavancos que teve que suportar. Porém, enquanto a vida dos portugueses dependeu, sobretudo, das decisões daqueles que, de entre os cidadãos, tiveram o privilégio de os comandar, quer por imposição das descendências quer, mais recentemente, por via das eleições democráticas, não houve que atribuir a outros os maus percursos que se percorreram.
Nas últimas décadas, o facto de termos aderido inicialmente à comunidade Económica Europeia, colocou-nos na posição de seguir disposições gerais que implicam a pertença a um grupo de países europeus que, se fossem concluídos os desejos dos fundadores da CEE, nos colocavam na obrigação de cumprir os acordos que tinham como objectivo formar um conjunto de entreajuda para os momentos mais difíceis.
Infelizmente, porém, não se concretizou ainda esse propósito de existir uma união de Estados que desse mostras ao mundo de que era possível juntar países diferentes e culturas com origens distintas num bloco que defrontaria todo e qualquer desentendimento que os homens provocassem.
As boas intenções que estiveram no origem da formação do grupo de países dentro do nosso Continente, alguma solidariedade respeitando, dentro de cada membro, as suas bandeiras e dos seus hinos próprios, tudo isso foi conseguido ainda que com muito custo, pois que nos casos da moeda única sempre se revelaram os egoísmos de uns tantos que não aderiram ao conjunto, como, por exemplo, a Grã Bretanha.
Mas no que diz respeito à economia que tanto necessita de um comportamento cuidadoso e salvaguardando os interesses de produção e colocação dos produtos de cada origem, mas tendo em atenção o fortalecimento de cada caso, sabendo-se que a competição com países orientais, a China sobretudo, é muito dura, devido sobretudo aos custos à saída das indústrias chinesas, no que se refere a esse particular a Europa não conseguiu até agora formar aquele bloco que, com produções de estilo nitidamente ocidental, tivesse bastante a dizer nos mercados de consumo que são bem numerosos.
No fundo, a crise que se espalhou velozmente por todo o espaço que só assistia emudecido ao desenvolvimento de países que depois surpreenderam, não tendo tido a menor precaução de ficarem atentos à “invasão” de produtos a preços baixos que obtiveram, por isso mesmo, a preferência dos mercados, essa atitude acrescida da convicção que a riqueza tinha assentado arraiais neste lado do Globo, efectuando-se gastos sem controlo (vide o c aso de Portugal), sobretudo porque o sector bancário, fazendo o seu papel de lucrar com os juros dos empréstimos, não se fez rogado para oferecer os seus préstimos, com tudo isso e a Europa “adormecida” se chegou ao ponto em que se encontra, isto é, com necessidade absoluta de rever os seus tratados e o seu modo de convivência, sendo que os acordos que eram aguardados nas diversas cimeiras de nações da comunidade, depois de outras duas reuniões este ano, se entendeu, por iniciativa dos chefes da Alemanha e da França e depois de outros parceiros, já estarem a recorrer a empréstimos vultosos para sobreviverem, proporcionar uma nova cimeira em Bruxelas, como foi a que teve lugar nesta sexta-feira e sábado, em que, para desconsolo dos mais optimistas, não se chegou a um consenso eficaz e se olha mesmo para uma Europa a duas velocidades.
Todos os pormenores relacionados com as discussões que tiveram lugar até altas horas das noites respectivas podem ser agora relatadas, mas o que importa é tomarmos consciência do que vai suceder daqui para a frente. E isso, a pouco e pouco, vai sendo comentado nos locais onde este “divórcio” teve lugar, posto que não se tendo tratado de uma separação de bens e valores, ficando todos a morar na mesma casa não se comprometem, porém, com obrigações que não sejam aquelas que coincidem com os interesses de cada parte.
Ficou-se melhor depois desta reunião em que poucos partiram para ela já dispostos a colaborar num entendimento? Pior não se ficou, pelo menos porque se tomou conhecimento das disposições de alguns parceiros que querem ficar com um pé dentro e outro fora. Sempre é preferível isso do que viver-se na ilusão de que se pode contar com alguém que, na primeira altura, volta costas. Agora é só prosseguir em frente e não perder tempo com o imaginário. E o Governo de Passos Coelho tem de abrir bem os olhos e de dar corda aos sapatos porque cada dia que passa e não se avança é aumentar as dificuldades.
Esate aviso tenho eu deixado aqui bastas vezes. Mas não tenho nenhum botão para comandar os que se dizem serem os que mandam.

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