quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

PREOCUPAÇÕES

LOGO APÓS o encerramento da última Cimeira Europeia, em que, como não se encontrava fora das suposições, o resultado obtido estivesse muito longe das soluções que o euro e a Comunidade tanto necessitam, mesmo assim não foram poucos os comentários com as mais diversas opiniões, desde a confiança em que tudo irá entrar nos eixos, até aos mais pessimistas pontos de vista que não auguram um futuro consolador para a situação que se presencia actualmente.
Afinal, tudo é possível, dado que o ser humano, que é quem tem nas mãos o caminho que o grupo da Europa seguirá e, como é sabido, sendo ele que se encontra à frente das decisões dos diversos países que estão incluídos no grupo que tenderá a juntar-se ou, pelo contrário, ficarão de costas voltadas, cada um para o seu lado, pelo que, neste caso, a ideia inicial de se reunirem os Estados numa comunhão de interesses, especialmente os económicos e os financeiros, não se pode pôr de parte a hipótese do regresso à época de 1939, em que as primeiras refregas entre países do centro do Continente acabaram por uma guerra mundial, com as consequências que ainda hoje se podem encontrar vestígios.
A atitude do representante da Grã Bretanha, que se colocou arrogantemente distante das decisões que obtiveram alguma aceitação por parte de vários dos participantes da referida reunião, confirmando, desse modo, a sua não adesão, na altura própria, ao grupo do Euro, esse descartar das resoluções que poderiam contribuir para um encontro de interesses dos participantes da reunião em causa foi causadora do pouco valorosa que foi atribuída à iniciativa tomada pela Senhora Merkel, coadjuvada pelo seu par nas medidas que ela toma, o presidente da França, Sarkosy, que, apesar da desconfiança que alguns políticos, no nosso caso também, mostram em relação a serem de origem alemã as propostas que têm vindo a ser rebeladas no que se refere à Comunidade Europeia, o que, prestando alguma atenção quanto ao que de útil poderão ser as iniciativas que contribuam para juntar os vários parceiros de vez em quando, se terá de concluir que, mesmo com interesses próprios de cada causa, é a trocar impressões que se conseguirá conhecerem-se uns aos outros e rectificar uma ou outra divergência que só serve para provocar o afastamento.
Por muito pé atrás que se tenha em relação às iniciativas que saiam do País que, sendo o mais forte do grupo e isso não obstante ter sido, por duas vezes, vencido em guerras por ele provocadas, tendo reunido há pouco a metade de território que lhe tinha sido extraído, mesmo assim é o que tem mais razão em mostrar eficiência no seu comportamento, e alguma coisa de valoroso possa ser obtida.
A Europa, tal como ela se encontra como um “puzzle” de complicada junção das suas peças, visto não se encontrarem à mesma altura os elementos que formam o mapa do Continente, não pode dar-se ao luxo de não aderir ao que parece ser a tentativa de formar um desenho bem construído e de cores uniformes.
Este meu parecer, que já foi referido num blogue anterior, assenta na necessidade que todos nós, europeus, temos de dar as mãos uns aos outros e, através da sua riqueza intelectual, oriunda de uma História velha que deu ao mundo enormes valores, conseguir formar aquilo que foi pensado e que, por razões de egoísmos nacionalistas, não se conseguiu ainda formar. E que são, nem mais nem menos, que os Estados Unidos da Europa!
E Portugal, dado que sempre esteve à frente das iniciativas de alcance universal – e não só as Descobertas -, tem um papel a desempenhar que, nestes meus escritos, tenho salientado com a junção de interesses das duas Nações Ibéricas. E também já é tempo dos “aljubarrotistas” perderem complexos, pois cada País não deixa que as sujas características se esfumem, sobretudo quando elas são tantas, desde a língua, a gastronomia, os usos e costumes e, evidentemente, a nacionalidade, que essa nunca deixa de ser a nossa…

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