segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CAVACO SILVA

O DISCURSO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA para apresentar os votos de bom ano aos portugueses, um hábito que se instalou no nosso País e que poderá constituir uma forma do Chefe do Estado deixar algo do seu entendimento quanto à maneira como Portugal se encontra e quais as perspectivas para o futuro nos doze meses que se seguem, este acto que foi proporcionado no dia 1 do primeiro mês do período anual que está estabelecido, uma vez mais não deixou nenhuma marca no que respeita a estimular as forças vivas da política a apresentarem soluções para que este nosso País, pois que, se é certo que não corresponde às atribuições do primeiro Magistrado da Nação imiscuir-se na governação, nesta altura em que a intervenção positiva de quem exerce funções de relevo em Portugal só pode contribuir para que, sem confrontos, se instale um ambiente de unidade e em que ninguém nesses pelouros deve desprezar conselhos que tenham como objectivo fazer com que os problemas que enfrentamos sejam solucionados com firmeza e com rapidez.
É este o meu entendimento como, de resto, tenho deixado expresso neste meu blogue, pois que as situações difíceis, especialmente nas áreas da produção e do desemprego exigem que se ultrapassem todas as formalidades e façamos sair para o exterior todas as ideias que possam representar um passo firme na solução dessas duas dificuldades que, por muito apontadas que elas sejam, não é apenas com a sua indicação que as situações se solucionam. Há que indicar caminhos.
Pois é precisamente isso que Cavaco Silva deveria incluir nos seus discursos e no seu “facebook”, largando ideias e indicações que o Governo poderia aproveitar ou não, mas que constituiriam um passo concreto de que os portugueses tomariam conhecimento.
E é precisamente no sentido de solucionar, de uma penada, esses dois enormes males que não deixam que o nosso País avance positivamente e não continue a socorrer-se dos empréstimos que terão de ser pagos… nem se abem como nem quando, é com atitudes práticas e não teóricas que estas não resolvem nada, que Cavaco Silva deveria ter preenchido o seu discurso de princípio de ano.
Já aqui expus uma medida que considero ser praticável e que nem sequer é inédita, pois já foi utilizada lá fora – basta ler os meus blogues em que apontei essa medida. Então, para resolver o enorme dano de que estamos a ser vítimas e que aumentou quando Cavaco exerceu as funções de primeiro-ministro, acabando tão depressa quanto possível com o abandono das terras do interior do nosso País, todas por cultivar e o castigador número tão elevado de gente desempregada, seria o incutir tanto nas freguesias e municípios do interior para se organizarem no sentido de juntarem esforços para que, tanto terras agrícolas como casas Vazias em cada zona fossem entregues a casais, sobretudo jovens que, independentemente da sua formação académica, passariam a dedicar-se à agricultura, sendo que o ministério respectivo daria formação e entregaria as ferramentas necessárias para que as novas funções fossem bem praticadas, também com a indicação do que deveriam de explorar agricolamente e tomando conta de colocar no consumo, interno e externo, o que sairia do trabalho agrário que os novos profissionais produziriam.
Como disse nos meus blogues anteriores, esta medida foi a que seguiu Israel quando teve de acolher milhares de judeus vindos de toda a parte, sobretudo dos países de Leste, e em que tratando-se de gente com elevada cultura em diferentes actividades, mesmo assim ou por isso mesmo, passando a viver em zonas que o Estado indicava, fizeram com que, apesar do solo não ser recomendável para cultivar, pois que a areia e a falta de água são o que abunda naquela zona, nasceram enormes zonas agrárias e a ocupação de mão de obra tornou-se uma realidade.
E não digo mais do que isto. Repito-me até à exaustão, pois que esta medida, em meu entender seria a que os governantes deveriam chamar para ser executada. E o Presidente da República bem poderia transmiti-la para que os governantes cuidassem de a pôr em prática.
Mas, infelizmente, os teóricos das recomendações são muitos e os que têm poder para as executar na prática o que poderá ser a salvação de Portugal, esses ficam sentados à espera do tal milagre!…  

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