quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

UNIDOS SÃO MAIS FORTES

NÃO TENHO A PRETENSÃO de supor que a visita a Portugal de Mariano Rajoy, presidente do Governo espanhol, para se encontrar com Passos Coelho, em S.Bento, seja consequência das minhas repetidas alusões para que ocorresse, já há bastante tempo, mas agora com maior razão para que se efectivasse, um entendimento dos dois Países da Península Ibérica, por forma a ser feito um ponto da situação da nossa presença, mútua, na Europa. Não, não chego a esse ponto de auto estímulo, porque se, por cá, os governantes não se dão a esse trabalho de seguir o que dizem os blogues das suas actividades, muito menos é de esperar que os nossos vizinhos além fronteiras se dediquem a querer saber o que se escreve do nosso lado, mesmo que se refira a temas de interesse mútuo.
O que poderei, modestamente, dizer é que, uma vez mais, se verificou o facto de, no que me diz respeito, ter razão antes de tempo, situação que me tem perseguido ao longo da minha existência e, por esse facto, me faz pensar cada vez mais antes de expor os meus pontos de vista em relação a acontecimentos futuros, os quais não têm nada a ver com adivinhações que os astros ou outra ciência desse tipo me facultem tal prioridade. Trata-se somente de uma reflexão sem qualquer tipo de preconceitos, em que o patriotismo, que alguns tanto proclamam, não tem de estar em causa, antes é o interesse pelo melhor para Portugal e para os portugueses que põe de parte esse “aljubarrotismo” que ainda reside na cabeça de uns tantos que são consumidores de histórias inventadas da “padeira”, que ficou dos tempos antigos da escola primária.
Não se sabe ainda se a reunião dos dois chefes de Executivo terá focado a vantagem deste par que constitui os Países Ibéricos formar uma frente para dar mostras da importância de uma força da zona Euro, oriunda desta ponta do Continente, a qual poderia representar outros parceiros que, não pertencendo ao grupo dos mais fortes, têm também necessidade de expor os seus pontos de vista e de lutar por eles.
Mantenho que um passo como este marcaria uma posição que só ilustraria a presença dos seus autores, e, quanto a resultados, também antecipo que não seriam negativos, sobretudo se se arregimentassem outros interessados em levar avante aqueles princípios que estiveram na origem da formação da então CEE, e que, conforme se verifica até aos dias de hoje, se encontram bem longe de serem postos em prática.
E só mais uma pequena nota: se aquilo que, sendo um desejo meu, corresponder à realidade, só será pena que tenha sido o governante espanhol a deslocar-se a Lisboa, em lugar de ocorrer o contrário, como prova de que seríamos nós, os da ponta oeste do Continente, a mover os meios para que nascesse a medida que ficaria na História da criação dos Estados Unidos da Europa.

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