domingo, 29 de janeiro de 2012

NÃO HÁ PACIÊNCIA QUE RESISTA

JÁ ME É ESCASSA A PACIÊNCIA para me dedicar, nos meus desabafos escritos, a temas que, numa situação tão delicada como aquela em que nos encontramos em Portugal, têm de ser relegados para uma posição muito distante daquela em que a nossa atenção deve ser concentrada.
Quero lá saber do que tornou público o Presidente da terá em nada República quando revelou que tinha trocado o seu ordenado de primeira figura da Nação pelas reformas a que tem direito, ainda que estas superem o montante que lhe seria aplicado e lhe conservem os pagamentos extras, do Natal e de férias, devido ao Banco de Portugal se reger pelo Banco Central Europeu e não pelas leis do Estado português.
Como já me desliguei da situação criada pelo Jardim da Madeira, pois houve uma mão que, mesmo não sendo completamente do agrado do madeirense, o deixou em posição que virá a ser-lhe mais facilitada no que diz respeito à opinião desfavorecida dos votantes, na altura das novas eleições no Arquipélago. E daí até talvez não!...
De igual modo, a transferência do comando da CGTP, de Carvalho da Silva para Arménio Carlos, é tema que não altera em nada a atitude dura que fez sempre parte da actuação daquela central sindical, pois continua a ser a política do PCP que orienta os passos reivindicativos que justificam a existência da Central Sindical.
O que sim, tem de continuar a constituir uma preocupação severa para todos os portugueses, incluindo os que não se mantêm ao par dos acontecimentos – e são muitos - que, em catadupa, são acrescentados ao já tão apavorante panorama de sacrifício nacional, é, no meu entender e que aqui neste blogue  tenho assinalado: a falta de actuação, por parte dos governantes que temos, para que se deixe a teoria de apenas se assinalar a falta de produtividade e não se actue na prática fazendo aquilo que pode transformar completamente uma deficiência que não deixa que levantemos a cabeça, como igualmente o problema do grande desemprego que grassa de Norte a Sul, e que continua a aumentar também nas áreas da juventude acabadas de sair das faculdades, o que não se pode aceitar pois que é o futuro que fica em causa, não bastando já que lhe deixemos um País endividado devido à perdulária actuação de antecedentes portugueses que gastaram em obras supérfluas, não só no Continente como também no arquipélago da Madeira, e lhes passam em testamento um exemplo que envergonha a Pátria, a mesma que, pelo contrário e ao longo da História, deixou marcas que merecem a nossa veneração e que, se fosse hoje que apelariam para a bravura lusitana, não haveria quem fosse capaz de se sacrificar por qualquer causa. É, pelo menos, o que eu penso das características actuais de uma Nação que se deixou envolver por um tipo de egoísmos, aliás dominantes na vida moderna, dado que, o salvemo-nos nós e deixemos aos outros os problemas difíceis, é o que constitui o lema da grande maioria dos seres humanos e a Europa, tal como se encontra nos dias de hoje, em que o sentido de fraternidade custa a enraizar-se nos parceiros que a formam, não deixa que se altere a má caminhada que se percorre.
Perante o espectáculo a que se é obrigado a assistir e nele termos mesmo de fazer parte, como é possível que nos atinjam preocupações menores, dessas que não passam de meras passagens da vida, sem grandes consequências para o futuro, mesmo que elas tenham a ver com “segredos” que apoquentam a política mas são passageiras, como é o caso da “trindade” tida como vias de divulgação de secretismos que, sobretudo no caso português, não passam de questões de pátio, no que, afinal, nós por cá somos especialistas.
Bem sei, por experiência própria – muito embora nunca tivesse, como nas vezes que exerci a responsabilidade de dirigir um órgão de comunicação social, seguido esse tipo de jornalismo -, que os casos que podem constituir novidade para atrair leitores são muitas vezes explorados sem o mínimo de atenção quanto à veracidade dos elementos. Mas compete aos seguidores das notícias separar o trigo do joio, e é isso que estou a tentar fazer neste texto de hoje.

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