quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ACORDAR MORTO

Não tenho medo da morte
é coisa que temos certa
não é por falta de sorte
disso ninguém se liberta

Passam Natais passam férias
a vida corre depressa
se alguns passam misérias
e a outros nada aconteça

À espera por cá se anda
de algo que vem depois
há quem leve vida branda
não precise de outros sois

A todos esses contemplo
e as minhas contas faço
há os que servem d’exemplo
e provocam embaraço

A morte tem várias formas
por vezes é traiçoeira
não tem regras e nem normas
muito menos tem fronteiras

Porque mais cedo ou mais tarde
ter connosco lá vem ela
e sem fazer grande alarde
sempre provoca mazela

Com franqueza não invejo
dos outros o seu conforto
a coisa que eu mais desejo
é um dia acordar morto

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