domingo, 20 de novembro de 2011

PARCEIRO PRECISA-SE

JÁ AQUI ME REFERI, não há muito tempo, quando esta personagem veio a Portugal de visita, Mariano Rajoy, o candidato a presidente do Governo de Espanha, o que hoje, domingo, vencendo as eleições de que, antecipadamente, se sabe que sairá vencedor, dadas as sondagens que mostram claramente essa vitória por maioria absoluta, pois o partido que tem sido o detentor daquela posição, o PSOE, atravessa um momento difícil devido à crise e, portanto, o facto de não ter conseguido solucionar o gravíssimo problema sobretudo do elevado número de desempregados (já atingiram os cinco milhões), que este flagelo é o que mais impacienta e desgosta nos países europeus onde o mesmo se está a verificar, face a tal circunstância tem o caminho indicado para a oposição.
Dá-se, pois, uma viragem à direita na política dos vizinhos espanhóis, situação essa que também sucedeu há pouco no nosso País e que se encontra instalada em diferentes parceiros do bloco europeu. Trata-se de uma revolta muda das populações que, não suportando as dificuldades que lhes são impostas, viram-se para a opção mais fácil e que é a de votar na opção mais próxima Tal como ocorreu no nosso País, em que José Sócrates foi acusado de ter levado Portugal à ruína, também nos nossos vizinhos Zapatero deixa o lugar com idêntica acusação. Não nos distinguimos muito, pois esta Ibéria não é só geograficamente um bloco. E dado que Rajoy é de origem galega, logo a identificação com o nosso ser é a mais estreita que se pode imaginar.
Digo isto a propósito de quê? Já estarão a deduzir os meus leitores deste blogue de que mantenho a tese que defendo há um ror de anos, já ainda no tempo do regime anterior e em que fui perseguido pela PIDE e pela Censura, de que esta nossa Península deveria constituir um bloco sólido assente, principalmente, no sector económico, e em que, fazendo parte ambos os países do grupo dos 27, com a moeda única também introduzida, assistindo-se à “sociedade” que os alemães e os franceses estabeleceram entre si, seria da maior conveniência que, entre outros motivos mas também porque somos ambos inquilinos do mesmo espaço geográfico, déssemos mostra de que constituímos um único parceiro, com interesses comuns, a lutar pelo que de melhor se deseja à Comunidade Europeia, que é o de estabelecermos exemplarmente um plano de entreajuda e de fortalecimento que deveria ser seguido por aqueles países do conjunto da Europa que resistem a juntar-se numa espécie de estados unidos que será a única maneira de resistirmos a todo o tipo de crises que, sobretudo oriundas de nações do resto do mundo, nos atingem a todos os que nos situamos neste Continente e que, até agora, não formos capazes de dar ideia da nossa força e da nossa razão.
Estou convicto de que Mariano Rajoy, não só pela sua ascendência galega que, invariavelmente, é a zona espanhola que mais se identifica com a portuguesa, até na semelhança da língua, mas porque não terá complexos em anuir a essa união ibérica, estará disponível para entabular conversações com este vizinho lusitano e, até pela grandeza geográfica do seu lado, compreenderá que só trará vantagens o enfrentarmos toda a Europa comunitária de mãos dadas e sem perder nada das suas características próprias, pois que as nacionalidades não estão em causa.
Não deixo de manter esta convicção, que trago comigo há mais de 50 anos, e em que não temo os “aljubarrotistas” que não são capazes de olhar para o futuro e conservam o passado como sendo a maneira de resolvermos os nossos problema actuais.





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