quarta-feira, 16 de novembro de 2011

MADEIRA MAIS DURA DO QUE O FERRO

O ASSUNTO JÁ ESTÁ MAIS DO QUE DEBATIDO, mas, em face da visita que fez ao Continente, com pompa e circunstância, o presidente do Arquipélago da Madeira, para encontrar-se com o primeiro-ministro e fazer visita protocolar ao Presidente da República, passando também por uma conversa com o ministro das Finanças, mas esta sem estar programada, devido a essas encontros com membros do Continente que, com muita repetição são visados nos discursos pronunciados nas Ilhas com palavras agressivas de Alberto João Jardim, vem a propósito fazer aqui uma referência à situação que tem posto tão mal disposto o responsável pela governação no local onde está instalado.
Como é sabido, acabou por sair do fundo da gaveta a surpresa que apanhou todos esbaforidos e que consistia num buraco nas contas madeirense de 6mil e trezentos milhões de euros, segundo apurou o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que fez saber que, face às contas apresentadas por Jardim, excedia 500 milhões de euros.
Como Jardim negou tratarem-se de dívidas ocultas, a desculpa que apresentou foi da Lei das Finanças Regionais de José Sócrates, o que constituiu uma forma de escapar a críticas que, segundo ele, não havia razões parta fazer…
O que é certo é que, tendo sido dado conhecimento do rol de despesas astronómicas que o Governo de Jardim tinha produzido, nas eleições que se seguiram os madeirense voltaram a dar a confiança ao “seu” Alberto João, tendo este voltado a assumir o lugar que detém há já vários anos. Foi uma forma, julgo eu, de agradecer ao seu protegido as obras de grande volume e custo que ele sempre fez, ao contrário do que ocorria no Continente onde, por exemplo em Trás-os-Montes, se necessitava também de se estender àquela província as nece4ssárias obras que ali são pedidas.
A luta agora do “comandante” da Região é que não recaiam sobre a população do arquipélago em causa encargos superiores aos que serão, em 2012, atribuídos aos residentes no Continente. Quer dizer, o que o Homem requer é que, quem não beneficiou nada com as arrogantes obras que sempre se verificavam por toda a parte da Madeira, especialmente nas estradas, túneis, etc. que foram efectuadas, tudo à custa de dívidas de diversas forma contraídas, façam agora parte das obrigações que os cidadãos de todo o País têm de suportar.
Não se sabe como decorreu o encontro de Jardim com o primeiro-ministro, se o madeirense teria usado as mesmas expressões que utiliza nos discursos empolados que faz na Madeira, mas tudo leva a crer que, para as boas relações posam existir, o chefe do Governo não se tenha excedido, até porque não obteria qualquer pagamento por essa via.
Agora, o que se torna necessário é que o culpado dos desvarios financeiros que criaram a dívida monstruosa que há que liquidar não se fique a rir e, em face disso, vá continuando com os “presentes” que oferece aos que depois o reelegem com os seus votos.
Trata-se de uma “compra” muito cara!

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