terça-feira, 29 de novembro de 2011

COMPANHIA

COM O TEMPO QUE VAI PASSANDO, o aparecimento de companhia na Europa de países que também necessitam de recorrer a empréstimos externos para poderem aguentar-se neste mar de dificuldades, esse panorama, estando previsto há já alguns meses, já não provoca grande espanto por parte do resto dos parceiros da Comunidade. A Itália era apontada como vindo a ser uma próxima “pedinte” de fundos que a governação de Berlusconi terá provocado com a sua actuação pouco recomendável. E lá se puseram a postos os dois governantes do centro da Europa, Angela Merkel e Nicolas Sarkosy que, sendo eles os detentores das decisões em nome da Zona Euro, deram a sua “aprovação” para que FMI e o BCE dispusessem de 600 mil milhões de euros para tentar salvar a nação, já com novo primeiro-ministro, Mário Monti, a tomar conta do leme.
Por aqui se vê a diferença que existe entre o que se necessita na terra dos grandes cantores e o que foi considerado como bastante, o que nos calhou a nós receber: 170 mil milhões de euros.
Mas o maior risco existe sobretudo na possibilidade de se estar a caminho do fim do euro, o que, por muito que existam defensores desta medida, a ser assumida pela totalidade dos parceiros, dos 17 que fazem parte da zona euro, não se sabe que consequências isso terá na confusão que passará reinar no nosso Continente.
Por cá, o Executivo de Passos Coelho, com aspecto de estar a navegar num mar que desorienta os seus passos, ao constatar que os dinheiros públicos continuam escassos, não obstante o nosso endividamento progressivo, está a fazer aquilo que passa com todos nós: vão-se os anéis e ficam os dedos, o que, por outras palavras, representa as vendas que se procuram fazer de tudo que possa fazer aumentar as verbas nos cofres públicos e nesta altura. os imóveis que sobram por não necessários e que são pertença do Estado, estão a ser leiloados para obter, do quem dá mais, alguma coisa que possa servir os encargos que não desaparecem assim de repente.
E fico-me por aqui. É triste chegar-se a uma situação destas. Mas, enquanto se puder usar o que até nem faz grande falta, pois que se venda. E, neste particular, há muitos activos e bem valiosos que o Estado poderia negociar, só se esperando que o faça com cabeça e sem a intervenção dos tais intermediários que, nestas situações, logo aparecem e… de que maneira!
Um dia deste faço aqui uma lista do que, valendo muito dinheiro, bem se poderá transformar em fundos para o Estado.

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