terça-feira, 22 de novembro de 2011

ISTO SÓ CÁ!...

UMA DAS FORMAS DE MOSTRARMOS, nós portugueses, a nossa indignação ou de aplauso por assistirmos a determinadas acções que ocorrem é muito radicalmente a expressão “Isto só por cá!”
E, se bem que noutras paragens ocorram casos idênticos ou até piores, como de aspecto melhor do que os nossos, a apreciação que mais nos apetece largar é essa de considerarmos que só em Portugal é que determinados acontecimentos, de mal como também de bem, sucedem.
Dado que nos encontramos nesta fase de devermos proceder sempre em defesa dos nossos interesses, é natural que apontemos os maus comportamentos que sucedem para cá da nossa fronteira e demos conta da nossa repulsa por vermos que Portugal, em lur de ser ajudado é, pelo contrário, castigado com atitudes que merecem a divulgação pública com o apontar do dedo aos nossos compatriotas que participam em tais atitudes.
A notícia surgida de que a Madeira vai despender 3 milhões de euros em festas de Natal e de fim do ano, isso não só por andarmos a viver dos múltiplos empréstimos que têm origem do estrangeiro como, ainda por cima, por ter sido aquele arquipélago que apresentou um gasto de milhares de milhões, que se tinham escondido das contas e que se encontram ainda por pagar a empreiteiros que foram utilizados para as faustosas e nem sempre necessárias de urgência obras que serviram a Alberto João Jardim para se ufanar dos melhoramentos que efectuou na ilha de que é o maior responsável – depois, claramente, do Governo do País -, tal intenção de ir utilizar dinheiros públicos com esses objectivos só se pode classificar como sendo uma coisa que merece a indignação com o “isto só cá!”.
Mas, ao mesmo tempo que é divulgado esta incongruente intenção, aparece também, e no que respeita aos transportes, essa zona que constitui um prejuízo constante que o Estado suporta, outra nota nos jornais é dada a conhecer e em que se relata que as empresas públicas de transporte pagam salários de luxo e como exemplo é indicado o Metropolitano de Lisboa que, apesar das correcções que foram efectuadas por mais de uma vez, pois que seis secretárias da administração da referida empresa, depois de terem auferido 63.OOO mil euros por ano, passando a auferir 52 mil, mantendo-se ainda várias regalias que são concedidas, essas mãos largas que se verificam nesta sociedade de transporte público de prejuízo permanente só deveria terminar através de um despedimento sem contemplações dos responsáveis maiores e sem quaisquer benefícios suplementares, posto que quem não sabe gerir um empreendimento em que são os dinheiros públicos que os mantêm não deve esperar outra coisa que não seja a porta da rua e com atenção para que não saiam desses lugares para irem ocupar outros também nomeados por elementos do Governo, coisa que sucede com regularidade.
Tanto que há a fazer em situações idênticas e a que o Executivo de Passos Coelho não deu ainda solução, apesar dos meses que leva já no comando, também é caso para que os portugueses, em uníssono, gritem bem alto: “Isto só cá!”


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