terça-feira, 1 de novembro de 2011

TANTOS QUE NÓS SOMOS!


RESOLVERAM AGORA, as instituições que andam sempre a perseguir estatísticas, comparações e percentagens, anunciar que o número de habitantes em todo o mundo acabou de ascender aos 7 mil milhões, como se houvesse possibilidade de controlar tal número, sabendo-se que uma apreciável dose de nascimentos em diferentes partes do Globo não figura nos inventários de populações que, pelo atraso de condições de vida, nascem e morrem sem figurarem em qualquer registo. Do mesmo modo, no que se refere a mortes, também os mesmos povos não comunicam as partidas, sobretudo de idosos, razões pelas quais os inventários deste tipo não obedecem a qualquer rigor, muito embora se possa fazer uma ideia de qual é a população mundial.
Por meu lado, nos meus escritos já há um certo tempo que registo o número de sete mil milhões de habitantes, pois que numa altura que, bem sei que no que se refere a dinheiro, os milhares de milhões já enchem a boca de toda a gente, pouco incomoda utilizar também, neste particular, o montante que é aplicado aos seres humanos que enchem o nosso Planeta.
E quando as mesmas estatísticas já adiantam que, dentro de alguns anos, a população subirá assustadoramente, isso só quer dizer que, se neste momento em muitas áreas os habitantes se acotovelam e, sobretudo nos trânsitos, não há espaço para mais viaturas, como será então lá para 2.050, para dar um exemplo.
E, no capítulo do desemprego que constitui um dos grandes flagelos dos países mesmo minimamente desenvolvidos, bem se podem imaginar as lutas que serão travadas, razão pela qual, no que diz respeito às gerações como a minha, que não assistiremos ao que se vai passar, basta que nos dediquemos a pensar para concluirmos que esse futuro se apresentará bastante mais negro do que ele se mostra agora.
O que valem são os clássicos optimistas que, talvez com alguma razão, minimizam as desgraças previstas com a esperança de que o ser humano, tão causador de falhas no comportamento dos diversos chefes de governos, também dão a compensação de não deixar de inventar novas formas de ultrapassar os problemas, quer através de meios que desviam as ausências de bens essenciais, por exemplo na alimentação e até na falta da água, sendo mesmo admissível que uma guerra utilizando armas novas que liquidarão grande parte dos habitantes em vários locais do Globo e causando a necessidade de reconstruir o que ficar destruído, tanto poderá ser através dessa macabra maneira de passarmos a estatística para os três ou quatro mil milhões, número este que será considerado como o razoável para que todos tenham uma vida mais perfeita, como Igualmente esses optimistas poderão argumentar que não é de considerar impossível que se descubra a forma de grande parte da população terrestre ir viver para um planeta mais próximo (aí a uma distância que seja alcançável por modernas máquinas voadoras), deixando um campo menos atafulhado de gente e, por isso, com liberdade de movimentos aos que permanecerem a nascer e a viver no espaço terrestre.
E neste final, que coincide com dia feriado que, está visto, é o que interessa não perder, mesmo nos países como o nosso que necessita, como pão para a boca, de muito e bom trabalho – vide os chineses que, com Mao Tse-Tung ou já sem ele deram um salto que os colocou no ponto alto da produção -, tenho de me referir às promessas ainda não cumpridas de se acabarem, neste nosso “paraíso” de pouco fazer, de se encarar de frente a necessidade urgente de serem regulados tanto os dias que não são utilizados a fazer alguma coisa de produtivo e, claro está, as “pontes” que tão bem sabem para se ficar na cama bem regalados.
No que nos diz respeito, quer com mais habilitantes quer com menos (e nem nos dias feriados se “fabricam” mais criancinhas para que os velhos não continuem a ser mais do que os novos), a nossa caminhada custa a ser modificada, pois que quem cá fic ar que apague a luz e feche a porta…

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