sábado, 19 de novembro de 2011

BANCOS À RASCA!

O CASO DUARTE LIMA tem ocupado todo o espaço dos órgãos de Informação nacional e como também o facciosismo do futebol não se encontra na sua fase mais acesa, logo pouco resta para servir de pretexto para se escrever alguma coisa de outras áreas. Até mesmo o julgamento que corre sobre o chamado “Face oculta”, que, por envolver os telefonemas entre o então primeiro-ministro José Sócrates e Armando Vara, cujas escutas foram apagadas pelos socratianos que o defenderam a todo o custo, muitas surpresas devem causar, mas isso, perante o relato diário e constante que prende as atenções dos portugueses - até agora a “prisão” do que foi figura de relevo na nossa política passa para segundo lugar, tornando-se importante, isso sim, ir coscuvilhando o que aparece nas televisões e em toda a comunicação social, para ver quais são os passos seguintes no que respeita ao BPN em que o seu filho, como seu representante, parece estar envolvido -, não consegue atrair a população que, como é costume, toma logo posição antepondo-se aos que os tribunais irão decidir.
Vou, portanto, rodear esta matéria que mostra, isso é verdade, como é fácil conseguir fortunas astronómicas e rápidas, desde que se disponha de conhecimentos e amizades nos locais certos, como foi o caso do enorme terreno, do tamanho de 45 campos de futebol (450 mil metros quadrados) que, em Oeiras foi adquirido por parcelas aos proprietários que nem imaginavam que esse grande amontoado de lotes, então destinado apenas à agricultura, iria ser autorizado a poder servir para o sector da imobiliária, o que o fez dar um pulo relevante no valor por metro quadrado e isso devido a que, na vizinhança do mesmo estava destinado erigir um enorme complexo para o Instituto Português de Oncologia, pois o que era segredo bem guardado foi a base do “negócio” dos espertos que, não tendo o dinheiro completo para a aquisição, serviram-se do Banco Português de Negócios para obter o financiamento que, com a garantia do referido terreno, que era composto por 35 parcelas, emprestou 20 milhões de euros.
Isto em resumo do acontecimento, posto que houve intervenção de diferentes participantes, para dar o ar de sociedade importante, mas que, no fundo, quem geria a parceria era o Duarte Lima que, nesta altura, enfrenta um período de enormes dificuldades jurídicas, pois que o que ocorreu no Brasil, com o assassinato de Rosalina Ribeiro, é assunto que, apesar da salvaguarda ocasional de não poder ser transferido para o Brasil, isso aliado ao azar dos demónios de os terrenos em Oeiras que se tinham valorizado por terem sido comprados como terra agrícola, mas por desistência do I.P.O. de construir alí o seu empreendimento, perdeu a valorização enorme que tinha conseguido, o que fez com que passasse o prejuízo para o BPN que, sabe-se lá com que contrapartidas para o responsável principal daquele banco, juntou essa perca ao que já tinha acumulado de toda a sua vida bancária, pelo que abriu falência.
Mas, afinal, o que eu tinha para referir no texto de hoje era o problema das instituições bancárias portuguesas que, face à dificuldade das mesmas obterem empréstimos de parceiros estrangeiros, pois esgotaram-se as fontes que negociavam com os nossos bancos, se encontram praticamente paralisadas e, para um banco não poder emprestar representa um prejuízo imenso, dado que os gastos se mantêm e os juros que recebem deixam de entrar nas suas caixas.
Mas tudo isto tem remédio. E essa solução encontra-se nos euros que se vão conseguir e sabe-se já que uma tranche de seis mil milhões de euros vêm a caminho para criar liquidez nas instituições que precisam de meios para emprestar.
Este assunto, exposto assim de maneira muito comezinha para que seja entendida por qualquer tipo de leitor, mercê, no entanto, uma exposição mais alargada. E é isso que tenciono fazer em próximos blogues. Lá iremos.

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