sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PROBLEMAS POR RESOLVER

TAL COMO AFIRMEI ONTEM, o problema que a Grécia levantou e que tanta preocupação causou à União Europeia não ficou resolvido com a reunião em Cannes, a qual foi prolongada com o G20 que também aguarda uma tomada de posição da Europa para decidir o que se vai passar e, com isto tudo, uma visível amargura paira nos mais distinguidos membros deste conjunto dos 27, com a Alemanha e a França, de mãos dadas, mas com mais visível preocupação.
Se bem que reine, apesar de tudo, uma certa expectativa de que o referendo proposto pelo primeiro-ministro grego acabará por sair favorável à comparência do seu Pais ao euro, o conseguido foi um adiantamento da data em que o resultado vai ser apurado, tendo sido suspensos os empréstimos anteriormente concedidos, na ordem dos 8 mil milhões de euros, até que Atenas se decida sobre o seu futuro no meio do Continente, tudo isso significa que, conscientemente, tem de reinar uma determinada incerteza sofre o futuro da EU.
Com tudo isto, Portugal mantém-se dependente do que se souber no prazo agora encontrado para se ter a certeza do passo seguinte dos gregos, e os mercados não confiam nos eventuais empréstimos que possam ser solicitados, ainda que sejam a curto prazo – como poderá ocorrer no nosso caso -, gerando-se com tudo isto um ambiente pesado, em que o sector bancário é o que dá mostras de se encontrar mais prejudicado, posto que as bolsas, todas elas, surgiram com uma queda apreciável e o perdão de 50% da dívida grega atinge principalmente nos bancos, em que os portugueses também são vítimas dessa resolução.
Quando o nosso primeiro-ministro não escondeu que existem intenções de renegociar com a Troika o acordo antes firmado, há que esperar que a comissão daquele conjunto, que vem a Portugal na próxima segunda-feira, mostre disposição para dar o seu parecer favorável, mas tudo depende de, naquela altura, a Grécia já ter avançado com dados que representem confiança quanto ao seu comportamento seguinte. De qualquer maneira, torna-se vital que o nosso País dê mostras de uma coesão no cenário político e que está bem longe a possibilidade de não cumprirmos o que constituem os compromissos assumidos, muito menos ainda admitirmos a saída do nosso País da zona euro (não resistindo eu a assinalar que, mais uma vez, tive razão antes de tempo, isto é, porque deixei registado neste meu blogue que, embora cumprindo nos pagamentos, nas datas em que têm de ser feitos e no que respeita aos elevadíssimos juros que nos foram impostos, seria perfeitamente natural que apresentássemos, em tempo adequado, a nossa proposta de alargar as datas das liquidações que nos cabem, para nos ser dada uma folga maior para criarmos as condições essenciais para passarmos a produzir de forma a criarmos folgo para sermos cumpridores. Sendo assim, a propósito das eventuais alterações ao que constituiu numa altura um compromisso, vem a propósito deixarmos claro no ambiente da CE que não se pode compreender a preocupação de se manterem os países aderentes à moeda única, quando foram admitidos neste conjunto, logo no acto do seu compromisso, parceiros que ficaram de fora de tal preferência. A Grã-Bretanha, por exemplo, mantém-se fielmente agarrada à Libra esterlina e orgulhosamente não faz caso do condicionalismo que deveria ser igual para todos. A unidade só se consegue quando não se abrem excepções. Este deveria ser um princípio rígido, para não se culpabilizar os que pretendem desistir de tal princípio do euro.
Mas, mudando de assunto e agora mais directamente relacionado com o que ocorre na nossa Terra, a impressão que nesta altura reina um pouco por cá de que teremos provavelmente um ajuda, que até parece um milagre, com a extracção de minérios ricos que o solo nacional pode oferecer-nos, as reservas que já se apontam como sendo de bastante milhares de milhões de euros, isso em ouro no Alentejo e em outros produtos ao longo de todo o território, dado que já apareceram 55 pedidos de prospecção, o que se espera é que os responsáveis pela governação do nosso País – e o Presidente da República não se deve pôr de parte deste assunto – prestem uma atenção muito especial a algo que poderá constituir a salvação financeira do nosso País (e aqui também aponto o que deixei escrito neste blogue, mas já anos atrás e em colaboração nos jornais me debrucei sobre esta possibilidade e, na altura, fui acusado de sonhador!), não podendo invocar nenhumas desculpas para não serem rápidos e eficientes nas medidas a tomar.
Aqui fica, pois, um texto que, se constituir algo que tem pernas para andar, poderá representar uma volta de 180 graus no futuro de Portugal.

Sem comentários:

Enviar um comentário