quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SAÚDE QUEM NOS DERA!



QUE O DINHEIRO NÃO CHEGUE À MAIORIA DOS PORTUGUESES para manter um nível de vida no mínimo aceitável, é situação que, segundo parece, já se aceita sem grandes lamúrias, posto que, em face das informações que alguns políticos situados no Governo actual não escondem, os dias não estão para continuarmos, nós portugueses, no fingimento que transportamos, já há alguns anos, de que somos um País rico e que o nosso futuro será sempre risonho. A verdade é agora clara e temo-nos de nos habituar ao que está a terminar e que não constituiu uma mar de rosas e, sobretudo, ao que vem aí a seguir e em que os sacrifícios exigidos serão ainda muito mais pesados do que os que já conhecemos.
Agora, que pelo menos não nos faltem minimamente as assistências no campo da saúde, que, ainda que limitadas às condições que existem em Portugal e que nunca foram de excepcional rigor, isso é o que se pede, pois esse último recurso de termos a garantia de que, nessa condição bem penosa da falta de saúde, não nos faltarão os meios mínimos para não morrermos todos aí pelos cantos.
Mas, infelizmente, o que está a suceder com os centros de saúde, em que os meios mesmo que reduzidos que ainda se encontram já são apontados como insuficientes, sendo até o próprio ministro da Saúde a declarar que os mesmos centros de saúde não têm condições, o que nos resta a todos nós é fazer os possíveis para conservar a saúde, porque as verbas familiares não dão para se recorrer a médicos privados.
Estamos a chegar ao ponto máximo de abandono dos portugueses à sua própria sorte, porque sem dinheiro e sem serviços públicos de saúde o que nos resta é bem pouco.
O que indigna, para além de tudo, é que aquela minoria que continua a gozar das maiores regalias, porque os seus bens têm até aumentado ao longo deste período da chamada crise, essa não tem de que se queixar e passa indiferente às lamúrias dos restantes… que são a maioria esmagadora dos nossos compatriotas.
As notícias que, todos os dias, entram pelas nossas casas de que, apesar de, nesta altura tão rara no nosso País, estarem a ser indiciados para julgamento indivíduos de que se dão nota das suas enormes fortunas, com casas situadas em diferentes pontos do nosso País, e dos valores que acumulam, como sejam obras de arte que foram cumulando ao longo dos últimos tempos, situações como a que é bem pública de existir um compatriota que, não tendo há bem poucos anos onde cair morto, tendo passado por lugares facultados através de partidos políticos, de repente surge dono e senhor de um poder financeiro que, como é sabido, não é com trabalho que se consegue.
O que tem ocorrido com o advogado e antigo partidário influente de uma organização política, de nome Duarte Lima, nesta altura a sentir a mão da justiça mas de que não se sabe muito bem como tudo isso terminará, pois que o dinheiro continua a ser o dono de todas as instituições que, sendo também conduzidas por seres humanos, se rebaixam quando a oferta é generosa e que tudo apagam dos registos perante a atracção pelo patrão máximo, o tal que não tem pátria nem partido.
Porém, assistir-se a gestos generosos desses ricos de milhões, ao ponto de não deixarem que a saúde dos não acolhidos pelas acções que fazem enriquecer, de um dia para o outro, caia no total abismo, isso é que não existe registo e já nem as Santas Casas de Misericórdias que apareceram pelas mãos de rainhas benevolentes que houve por cá, até essas atravessam um período de grande exaustão de meios.
Por mais que eu deseje vislumbrar uma ponta de céu azul, isto é, de uma mudança radical dos terrores para um mínimo de esperança, não sou eu que a vou agarrar, porque por mim também não se dá ao trabalho de parar e de ouvir-me

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