quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

CÁ SE VAI ANDANDO... MAL!

POR MAIS QUE DESEJEMOS deixar por despercebidos todos os múltiplos temas que, diariamente, atacam a confiança dos portugueses, não será possível fazermos de distraídos e fechar os olhos e os ouvidos a tudo que ocorre à nossa volta.
Verdade seja dita que, mesmo que em número bastante reduzido e que comparadas com as situações contrárias, são ínfimas as situações em que poderemos largar um “ao menos isso” que os homens que têm a seu cargo as resoluções, mesmo as mais fáceis, nos proporcionam. No que me diz respeito, que procuro andar o mais em dia que as circunstâncias me permitem, sempre descortino, aqui e ali, alguma atitude que se pode considerar positiva e que, por isso, para quem está sempre disposto a apontar o dedo crítico, não se deve deixar passar em claro. É o que vou fazer agora.
O desemprego, drama de enorme dimensão, que, de uma maneira geral, chegou a quase todas as famílias nacionais, e que, como tenho identificado neste meu blogue diário, sabe-se memo que o número de desocupados atingiu já um numero deveras assustador, pois já ultrapassa os 800 mil, sobretudo de jovens e até em apreciável parte com estudos ditos superiores, esse caos que tem sido muito referido pelos governantes mas que não têm sido conhecidos meios para alterar tal panorama, neste momento acaba-se de saber que foi tomada uma medida, que entra já em vigor, e que dará uma mão no sentido de criar condições para que as empresas prestem uma ajuda para diminuir, tanto quanto possível, a população que anda a solicitar trabalho – ou só emprego, o que tem de ser analisado com senso -, e que consiste do Estado pagar às empresas que contratem jovens desempregados, de média e longa duração, prestando um financiamento até 60% do salário, num tecto máximo de 419,22 euros mensais (este texto foi copiado do diploma estatal). Este programa tem um nome, o de “Estímulo 2012”, e tem em vista criar, segundo anunciou o Secretário de Estado do Emprego, 56 mil novos postos de trabalho.
Este diploma tem uma duração, que é o limite máximo de seis meses e cada empresa pode utilizar este incentivo contratando até 20 trabalhadores, os quais no final terão de ficar contratados, sendo que, caso não o sejam, terão de ser devolvidas as verbas que foram antes concedidas. Igualmente, as empresas são obrigadas a prestar formação profissional aos contratados e também não podem despedir os funcionários admitidos por esta forma, sob pena de ficarem obrigados a devolver o total do montante recebido para este efeito.
 Foi dado nota de que o Estado dispõe de 100 milhões de euros, os quais são financiados em 50% por verbas comunitárias, por via de um Programa Operacional de Potencial Humano, e os restantes 50% são extraídos do orçamento do Instituo de Emprego e Formação Profissional.
Temos de reconhecer que se trata de uma medida que, não se podendo chamar um “milagre” que resolva o desemprego de uma forma geral, pelo menos pode provocar que algum estímulo para que as maiores empresas, as que estejam em vias de aumentar as suas produções e, por isso, necessitem de mais colaboradores que, sem este estímulo, não se atreveriam a admitir, ao aderirem a esta ajuda contribuam para diminuir alguma coisa a enorme vaga de trabalhadores sem actividade.
Mas – e há sempre um “mas” – o que se lastima é que as micro empresas não sejam atingidas por esta possibilidade, sabendo-se que o drama da mão-de-obra desocupada atinge, de maneira exponencial, as mini e médio empresas - o medo dessas correrem o risco de terem de ficar depois com pessoal que já necessitam,   as quais, todas somadas e ao longo de todo o Portugal, somam um número bastante significativo. Mas, mesmo assim, trata-se de algo que tem de ser considerado como um incentivo apreciável.
Mas não é só aqui que, neste meu blogue de hoje, assinalo com algum entusiasmo: trata-se da nossa ministra da Agricultura se ter reunido como seu colega espanhol, para discutir apoios que podem ser prestados aos agricultores dos dois países ibéricos, por forma a serem concertadas posições conjuntas para serem enfrentadas as secas que têm assolado os dois lados da nossa fronteira, assumindo um bloco para que a União Europeia leve em conta os dois casos, ao mesmo tempo que Portugal recebeu a garantia do ministro espanhol de que existe uma preocupação daquele lado de que a quantidade e a qualidade de água dos rios que nascem do lado de lá não serão muito afectados.
Ora aqui está como o que tenho mantido como matéria importante para o nosso País, o desemprego e a União Ibérica, estão a ser levados em consideração pelas forças governamentais. Leva tempo, mas lá se vai marchando…

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