sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

RECESSÃO

COMO PODE HAVER ALGUÉM que ainda se mostre surpreendido pelas notícias que vão aparecendo e que dão conta da realidade que somos forçados a suportar, não cabendo a nós, portugueses, no seu conjunto, solucionar essa caminhada que se vem percorrendo e que nos conduzirá a um ponto final que não poderá satisfazer nenhum habitante deste País?
A mim, este português que tem a infelicidade de se encontrar atento a tudo que se passa e que, dados os  conhecimentos que obteve quando foi forçado a estudar economia, ainda que nunca tivesse actuado nessa área, todo o panorama que se apresenta nesta altura não constitui um mistério que, para a maior parte da população nacional, é assunto quase misterioso e as terminologias utilizadas confundem as cabeças dos que gostariam de se encontrar mais dentro do assunto para tirar dúvidas e não navegarem no optimismo que, quase sempre, os políticos ligados à governação procuram utilizar para esconder a realidade assustadora.
Esse palavrão, recessão, agora divulgado da escassez que vem acompanhada de um percentagem que os sabedores assinalam como má notícia, os tais 3,3% que, se situam acima do que seria desejável, e que, em comparação de outros países, coloca Portugal numa plataforma pouco animadora (a Espanha, por exemplo, encontra-se no 1,1%), mesmo não sendo divulgado o seu significado, só por si dá conta de que a nossa situação não consegue afastar-se dos maus presságios.
`É que, todas as medidas que já poderiam estar em fase de execução, as que sendo essenciais para que consigamos dar um ar de que atacamos os dois males que mais nos têm que inquietar – o desemprego e a baixa produção -, essas continuam a não constar das preferências dos nossos políticos, fazendo parte apenas das recomendações que, quer os partidários do Governo quer as oposições, só assinalam essas duas prioridades mas ninguém aparece a indicar a melhor maneira de passarmos à prática, pois que de teorias estão todos os portugueses fartos.
Neste blogue já foi apresentada uma forma para, de uma vazada, se darem os passos para caminhar positivamente para a busca de solução de ambos os “cancros” que se instalaram em Portugal (ainda que seja uma maleita que existe em muitos países europeus e não só). Quem acompanha estes textos sabe do que se trata, não valendo a pena agora repetir a tese  defendida e que, segundo parece, não merece a atenção dos que se encontram com a faca e o queijo na mão.
Por mim, não dependendo de mim fazer outra coisa que não seja apontar os erros que, em meu entender (e que se sujeitam a todas as controvérsias) deveriam, pelo menos, ser discutidos em público, por aqui me fico. Todos os dias uma divulgação do que, modestamente, considero ser uma colaboração para acudir, provavelmente, ao que, nesta altura, não deveria ser desprezada. E com isso igualmente ofereço uma poesia que, sendo original, também não ofende e servirá para os que apreciam os poemas possam justificar a leitura da escrita em prosa que aqui fica registada.
Por hoje é o que tenho a dizer. É pouco, mas é sincero.

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