quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

HURRAH! HÁ OIRO EM PORTUGAL!

SENDO VERDADE O QUE CORRE POR AÍ, por averiguação de cientistas da Universidade do Algarve, de que na Serra de Monchique se admite a existência de minerais preciosos, especialmente ouro e prata, esse potencial tesouro parece estar a atrair a atenção de uma empresa privada que dará, em breve, início aos respectivos trabalhos de projecção, confirmando-se tão boa notícia é caso para dizer que se vai transformar aquela zona tão ligada ao turismo que anda à volta num verdadeiro local onde os pesquisadores assentarão as suas tendas para, mesmo sem autorização, tentarem reverter a seu favor as descobertas que sejam feitas dos preciosos minerais. Será uma repetição do panorama muitas vezes visto em filmes americanos, e, caso se acabe por confirmar que os indícios, que as 130 amostras de rochas obtidas localmente, são positivos, então verificar-se-á uma alteração profunda na actividade que até agora tem constituído a riqueza daquela zona. Para além disso, se as partículas de ouro que, há cerca de cinco anos, a mesma Universidade revelou que tinham sido descobertas no estuário do rio Guadiana, provenientes provavelmente da serra do Caldeirão, então, com a lentidão que em Portugal as coisas andam, se verificará o grito do Ipiranga de um País que já perdeu a esperança de que, por vias da produção e do trabalho, se livrará do aperto em que está metido.
O tal “milagre” que muitos crentes desta Terra rezam para que se dê, acabará por se transformar numa outra “Senhora de Fátima”, salvas as devidas distâncias e sem se pretender ofender as crenças que se praticam aquém e além fronteiras por milhões de seguidores de tal acontecimento.
Quando, neste momento, se confessa que o Ministério da Defesa acusa falta de verba para subsídios de Natal e de férias a militares não abrangidos pelos cortes nestas prestações de 2012, não sendo apenas nesta área que o Estado prevê ter de encontrar soluções financeiras para cobrir muitas das despesas que constam das habituais obrigações assumidas desde sempre, a boa perspectiva de se poder deitar a mão a esta saída inesperada de sermos produtores de metais preciosos, nascerá uma alma nova no Governo e a população respirará mais fundo, ainda que exista o perigo de, ainda com a recordação da época que ainda baila na nossa memória, do período em que todos considerámos que Portugal era uma Nação de ricos e por isso era só gastar e deixar para os outros a solução das dívidas, mas pode ser que o produto das extracções mineiras chegue para se voltarem a fazer auto-estradas por todos os sítios, em duplicado ou mais, dado que ninguém pode prever que num futuro Governo não surja outra vez alguém a gritar “gastar vilanagem!”
Pode acontecer tudo, como também levar um tempo infinito a chegar-se a uma conclusão sobre se vale ou não vale a pena começarem as escavações para se dar com os metais preciosos e se sim que burocracias se porão para que entrem nos cofres do Estado os produtos resultantes de tais buscas.
Nesta Pais tudo pode acontecer e até esta situação faz lembrar a frase de Salazar quando lhe foram comunicar que tinha sido descoberto petróleo em Angola e o homem, pondo as mãos na cabeça, respondeu: “Só me faltava mais esta!”.

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