terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A EUROPA E O MUNDO

Chegou-se a ter enorme esperança
sobretudo quem viveu tempo atrás
o da recriação da confiança
de uma Europa unida e tenaz
- toda solidária
- sempre voluntária
com línguas diferentes, costumes desiguais
tendo moeda única e sem fronteiras
mantendo porém seus ideais
bem desenhados nas suas bandeiras
- união de povos diferentes
- europeus se diziam seus entes
tinham tudo para se tornarem força
com caminho uno de braço dado
Europa de antes quebra que torça
estando todos do mesmo lado

Esse o idealismo desejado
por gente que não durou para ver
desconsolo de não se ter chegado
àquilo que deveria acontecer
- seria exemplar
- e o mundo a contemplar
mas desencontros de povos em briga
mostrando envoltos em agonia
desejosos de chegar mão amiga
de uma Europa em plena harmonia
- era bom ser verdade
- ter acabado a maldade
mas a inveja sempre a apontar
que os demais tenham mais que nós
valendo tudo mesmo o matar
sem mostrarem os mais pequenos dós

A Terra entregue a tão malignas mãos
que mesmo com progresso tanto mal fazem
não desejando de todo ser irmãos
pois são homens que não se satisfazem
- insatisfeitos
- e tão imperfeitos
tem vindo a destruir palmo a palmo
a Esfera que veio tão de trás
e precisava de ter povo calmo
e que de bom viver fosse capaz
- sensato
- pacato
mostrando que o fim se vislumbra triste
num futuro que um dia chegará
vamos pois lá ver quem é que resiste
depois da zanga quem fica por cá

Conscientes do que o mundo passou
desde a nascença até aos dias de hoje
em que o Humano em nada melhorou
sempre a repetir o que bate e foge
- não querendo ficar
- menos melhorar
andando pela Terra aos empurrões
num chega para lá desconfortável
pois já são mais de sete mil milhões
cada um julgando-se indispensável

Há-de ter fim tamanho desconsolo
quando não se sabe, será um dia
haverá alguém no fim que corte o rolo
sem direito sequer a amnistia
- depois disso o vazio
- sem lugar para elogio

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