sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

FALTA DE CHUVA

JÁ NÃO CHEGAVA A SITUAÇÃO que se tem de enfrentar resultante do mau comportamento do ser humano, sempre ele o maior culpado das desgraças que ocorrem no nosso mundo, que, sabendo que uma crise económico, financeira e social que se tinha instalado neste Globo, e que caminhava a olhos vistos em redor da bola que é propícia a extensões das más ocorrências que por cá se passam, o homem não foi capaz, em cada País por onde se notou a intervenção maldosa da referida crise, de se prevenir e de lutar contra esse bichinho que, contando com a ajuda das invejas, das ignorâncias e das convicções que o mal que atinge os outros nunca se estende até nós, não mostrou interesse em se juntar a outros em igualdade de circunstâncias e de enterrar de vez o que, até certa altura, ainda oferecia possibilidades de ser completamente parada.
Não me canso de apontar o dedo aos causadores dos malefícios que, de tempos a tempos, se pretendem instalar sobre a crosta terrestre, pois que, se para os crentes de qualquer religião, o Deus que se enquadra no alto da sua devoção deve resguardar os mortais de sofrimentos que são dispensáveis, dá que pensar o facto de a vida terrena estar tão recheada de acontecimentos que provocam malefícios que só servem para que, do alto do Poder, se tome consciência da capacidade humana de sofrer ao longo da sua passagem pela vida. E, se Deus castiga como se pode ler nos tratados que a Igreja Católica venera e convida os praticantes a não duvidar da sua veracidade, então andamos todos sujeitos a que tenhamos que pagar por cá as maldades que, sob a forma de pecados, são praticadas por todos os que, crendo ou não nas doutrinas oriundas do Vaticano, crentes e não crentes praticam.
Neste momento que atravessamos, percorrendo um Inverno que, normalmente em Portugal, vem acompanhado de chuva e naturalmente de algum frio que, nas quantidades que aqui são conhecidas, contribuem para que o nosso território goze da fama de clima temperado que compensa a posição geográfica distante do centro da Europa, essa que não nos propicia um aproveitamento de mercados de consumo que podem contribuir para o escoamento das produções nacionais, neste ano, tão anunciado como, em termos de proporcionar alguma defesa em relação à economia que anda por cá de rastos, de ser contrário a uma boa actividade agrícola e se apresentar contrário aos nossos desejos e necessidades, isto é, ser excessivo o frio que nos atormenta e a chuva que é essencial para defender a agricultura portuguesa, não dar mostras de querer contribuir para que os campos e os animais pudessem ter produções positivas.
È isso que ocorre, num período em que necessitamos, como de pão para a boca, de usufruir de todas as ajudas que, na área de meteorologia, é essencial que não se apresente distante do que é habitual neste nosso País.
Mas a verdade é que tudo se junta para que tenhamos de suportar, de diferentes origens, as inúmeras amarguras que fazem com que percamos as poucas esperanças que ainda restarão por cá, especialmente por parte dos clássicos optimistas que, graças aos seus Deuses, se mantêm a aceitar os acontecimentos como naturais. Só que a distância que se verifica entre esses felizes que acarinham o copo meio cheio, no que se refere aos restantes esses só o contemplam meio vazio, o distanciamento entre as duas partes é cada vez maior. O pior é que qualquer dia nem copo existirá… 

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