quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ESTE MARINHO PINTO!...

NUMA ENTREVISTA TRANSMITIDA PELA TVI, o Bastonário dos Advogados apresentou-se com aquele seu ar de pessoa que tem sempre razão e que não admite que os outros discordem das suas afirmações, atacando, de novo, a Ministra da Justiça – é uma perseguição doentia – pelo facto da mesma estar a querer fazer reformas na área que lhe pertence como membro do Governo, assumindo Marinho a posição de que tais medidas não foram anunciadas durante a campanha eleitoral, pelo que não admite que os governantes tomem decisões e actuações que não tenham sido comunicadas antes, nas alturas em que se apresentam para concorrer às funções que os esperam em S. Bento. Isto assim mesmo!
O que causa muita dúvida sobre a qualidade de acção que este Bastonário teria se fosse um elemento governativo é o não dar o direito de, depois de tomarem assento nos lugares que lhes são destinados dentro do conjunto político que vence a corrida para S. Bento, se mudar de opinião mesmo que as circunstâncias e o conhecimento concreto da realidade que só se enfrentam depois de se estar perante um caso que não tinha sido aclarado pelo anterior Governo, o que, no nosso País mas certamente também em outros que se orientem pelo sistema democrático, pelo que a teimosia em continuar no erro é que deve ser criticada.
Mas também, o que tem de causar preocupação a todo o nosso povo, que se encontra a suportar um flagelo enorme com as restrições de toda a espécie que agora são exigidas, é que andem umas tantas personagens com a imagem de que tem aceitação fácil na comunicação social, a levantar problemas de segunda classe, quando o que nos deveria a todos nós ocupar a atenção era a situação que, depois da Grécia, parece estar a aproximar-se deste extremo da Europa, com todas as consequências que ela acarreta.
Pessoas como este Marinho Pinto ainda se movimentam por aí e não é fulcral que tenham razão ou não no que diz respeito às suas preferências pessoais como igualmente companheiros (mesmo que com ideologias partidárias não condizentes na andança política), pois aquilo que se deveria impor nesta ocasião era colocar de parte pequenas questões e unir esforços para que o objectivo fundamental seja atendido. Mas nós, neste pequeno País e como nos mostra a História recheada de acontecimentos de intrigas e de inveja, sempre ocupámos o tempo disponível com questiúnculas de pátio, zangas de roupa estendida, apupos por o cão da vizinha sujar a  nossa porta. Isso, enquanto a confraternização essencial para que o bom ambiente reine em todo o espaço que se ocupa do portão do nosso pátio para dentro e criemos uma unidade no sector da educação, na saúde, no conforto e nos rendimentos de todos, fazendo com que os descendentes se formem com aptidão para, depois de nós, serem capazes de se mostrarem melhores do que nós, em vez dessas acções positivas se ocupa o tempo com problemas secundários.
Igualar estas personagens que desenvolvem más caras às tias Adozindas que sempre estão dispostas a fazer espalhafato por dá cá aquela palha, fazer tal comparação até será pouco, pois que as atitudes das referidas criaturas é uma amostra bondosa, dado que as tais tias de pátio só provocam mau ambiente num reduzido espaço, enquanto os que por aí seguem essa norma prejudicam e muito todo o País.
Cada vez tenho menos complacência para estes figurões que, só para se mostrarem, saltam com críticas que não atingem o objectivo principal e de interesse geral. A forma de os castigar seria, correndo os riscos inerentes, nomeá-los a executar uma função difícil e observar a par e passo o que vão fazendo. Eu, por mim, tenho na mira um certo fulano que foi ministro da Economia na época em que o bacalhau desapareceu do nosso mercado, por proibição sua de importar, tendo os portugueses que ir comprá-lo a Espanha, e, já mais recentemente, assentou praça num Instituto que tem a responsabilidade de abrir mercados no estrangeiro para os nossos produtos e que, observada a sua acção, foram nulos os resultados obtidos, pelo que – e ainda bem – é outra a pessoa que tem essa missão a seu cargo.
Só que, o errar é próprio do homem, cabendo-nos a nós desculpar, mas desde que os que se enganam o assumam e peçam desculpa por ter actuado mal. Se o não fizerem, então é natural que todos os espectadores nacionais, com mais ou menos poder para o fazerem, estendam o braço, a mão e o dedo a deixar bem claro que essa personagem não merece a menor das considerações.
A cadeia não é, segundo se verifica, lugar disponível para acolher estes tipos, porque eles podem criticar… e ainda bem que assim é!

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